AMCP mantém esperança no pedido de fiscalização sucessiva da lei

e anuncia que estará atenta à regulamentação da lei

 

Lamentamos profundamente a aprovação pelo Parlamento Português da lei da morte medicamente assistida. Portugal vive hoje um dia negro da sua história, uma ocasião de afrontamento à dignidade dos portugueses.

Manifestámos publicamente, por mais diversas vezes, mormente desde que o processo parlamentar se iniciou, em 2017, quer junto dos órgãos decisórios quer junto da opinião pública, a nossa radical oposição à legalização da eutanásia em Portugal.  

Esta firme oposição mantém-se hoje como então e assenta na ética médica e no Código Deontológico, que não pactuam com a lei aprovada.

De novo reiteramos que a eutanásia e o suicídio assistido atentam contra a própria Medicina, são atos vedados aos médicos, não são atos médicos.

Quando os médicos se deparam com um doente em sofrimento de grande intensidade, cuidam e acompanham-no com humanidade e proximidade. Dispomos hoje de meios muito eficazes, para apaziguar o sofrimento físico, psicológico e espiritual dos nossos doentes.

À lei hoje aprovada apontamos os erros que já tornámos públicos quando manifestámos a nossa firme oposição

Mantemos a opinião de que a Ordem dos Médicos não deve participar na Comissão de Verificação.

Temos esperança no pedido de fiscalização sucessiva da lei e desde já comunicamos que estaremos atentos à regulamentação da lei no sentido de denunciar inconformidades com o Código Deontológico.

A Direção da AMCP

12 de maio de 2023